Home
Sobre Antonio Miranda
Currículo Lattes
Grupo Renovación
Cuatro Tablas
Terra Brasilis
Em Destaque
Textos en Español
Xulio Formoso
Livro de Visitas
Colaboradores
Links Temáticos
Indique esta página
Sobre Antonio Miranda
 
 


 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 
POESIA MUNDIAL EM PORTUGUÊS
 

ZORAN BOGNA

( SÉRVIA )

( VUKOVAR, 1965 )
poeta, romancista, ensaísta, crítico literário e autor
de antologias, é autor da autor da nova poesia da
Sérvia, intitulada
Hobo pacnehe) (Novo crucifixo, 2010).

 

Poesia Sempre  Numero 29 • Ano 15 / 2008   Editor: Marco Lucchesi. Rio de Janeiro: Fundação  BIBLIOTECA NACIONAL, 2008.     227 p.
Exemplar biblioteca Antonio Miranda

  Protoclepsidra II

Digo: o tempo sé o único espaço pela qual
vale a pena lutar: o Big-Bem altaneiro no peito
do peregrino. E digo: o tempo é
espaço dentro de nós, um nada crescente, terra
de ninguém, resposta a pergunta sem palavras...
A sombra sobe, o tempo aplaina fronteiras,
destranca trevas, no ventre do Relógio
Supremo vigia cidades desaparecidas:
Babilônia, Tiro, Cartago... Pronto, neste
instante Veneza transforma-se
em aquário. Seus alicerces ancestrais
esturjões eternos vão devorando e a Praça
de São Marcos, mordida pelo sal dos segundos
orgulhosos, torna-se o paradoxo do milênio.
Somente o tempo, coam certeza mortal, continuará vivo
naquela praça vazia: os minutos tornar-se-ão
os faraós daquele círculo que adquire
o caráter da eternidade como se nada mais
devesse acontecer naquele mundo
de fluxo unidirecional  Como foi que
o tempo resumiu-se à nobre tolerância
da tortura das horas? O momento que desvenda
a mudança da cor do céu não seria apenas porta-voz da noite
que antecede o incêndio dos acontecimentos
invisíveis? Suportar a dominação dessa
barreira de vida erigida diante
da barricada dos ponteiros gigantescos significaria
compreender melhor como
é a elaboração do cativeiro desta escuridão
contemporânea? Comprimidos pela lentidão
de sua passagem, feito cabeça de fera
em armadilha, os dias ficaram esteticamente
clonados... como se nada pudesse
impedir essa metamorfose em índigo.
Todo pensamento novo foi aniquilado por esses
gigantes auto-suficientes: despontou
a humilhação irrefreável do Homem
aprisionado pelo próprio destino.
A sombra sabe, o tempo aplaina fronteiras,
destranca trevas: no ventre do Relógio
Supremo vigia cidades desaparecidas.

*
VEJA e LEIA outros poetas da SÉRVIA em nosso Portal:
http://www.antoniomiranda.com.br/poesiamundialportugues/poesiamundialportugues.html

Página publicada em setembro de 2024

 


 

 

 
 
 
Home Poetas de A a Z Indique este site Sobre A. Miranda Contato
counter create hit
Envie mensagem a webmaster@antoniomiranda.com.br sobre este site da Web.
Copyright © 2004 Antonio Miranda
 
Click aqui Click aqui Click aqui Click aqui Click aqui Click aqui Click aqui Click aqui Click aqui Click aqui Home Contato Página de música Click aqui para pesquisar